sexta-feira, 2 de maio de 2008

sem nome

Este texto foi escrito por mim em Abril de 2003, mas decidi partilhá-lo...

Passou tanto tempo, pareceu uma eternidade.
As estações passavam, vinha a Primavera, depois o Verão, o Outono, o Inverno, a Primavera... Elas passaram sem que o tempo desse por isso.
Um novo dia nasceu... Uma nova maneira de sentir e viver... Algo que há muito não tinha voz, não tinha expressão.
O dia veio e muito mudou.
Uma alma caminhou na direcção de outra. Não se conheciam, mas algo as atraiu.
Uma força externa. Algo desconhecido ajudou as almas a encontrarem-se.
Eram almas sós. Caminhavam na sua estrada sem horizonte, sozinhas. eram estradas paralelas. não havia nenhum elo entre as mesmas, a não ser a sua solidão.
Eram caminhos enfeitados com alegria, cor, muita energia. As almas viam e viviam tudo isso. Era tudo falso e, vazio. Na realidade nada existia, apenas a sua presença e existência.
Percorriam estradas idênticas. Vazias, desertas, cheias de um colorido falso que lhes atenuava a dor de se sentirem sós.
Viviam uma fantasia que elas pensavam ser alegria.
Um novo dia nasceu...
Três estrelas criaram uma ponte entre a vida paralela das duas almas.
Quando estas a viram, recearam atravessar a ponte. O medo... Desconhecido sentimento... Algo a enfrentar...
Assim o fizeram. O medo ultrapassaram e, na ponte avançaram. Viram-se uma à outra. Pensaram ver, inicialmente, o seu reflexo num espelho.
Rapidamente perceberam que não eram os seus reflexos, mas outra alma, com a mesma história, a mesma experiência de viver uma vida cheia de nada.
Olharam-se duante muito tempo. O tempo. Algo relativo para quem sente. Observaram cada reflexo, cada movimento. Conheceram-se naquele olhar eterno.
Perceberam então a existência idêntica de cada uma.
Avançaram na direcção uma da outra. Abraçaram as suas vidas. Um abraço sincero. Um abraço que mostrou um novo dia, uma nova estrada, uma nova vida.
Caminham agora juntas numa nova estrada.
Estrada com um pontinho de horizonte. Com um força diferente. Com uma nova energia.
Tem cor e alegria, mas nem sempre são reais. por vezes são ilusões muito reais.
Ilusões vividas em conjunto. Uma maneira diferente de as ver e, ultrapassar.
Um vazio foi preenchido. Um lugar antes cheio de solidão.
Uma luz, clara e calma, entrou e lançou um raio de esperança às duas almas.
Uma esperança transformada em força, em alegria, companhia. Alegria de poder viver uma vida conjunta, um amparo qe cada alma transmite à outra. Uma confiança mútua.
Amor.

2 comentários:

Alexandra disse...

Princesa, nunca pensei descobrir uma faceta tão maravilhosa, em ti!
Gostei muito!
Bj doce

Alexandra disse...

Princesa, adorei a tua ideia e fiquei tão feliz com a descoberta desta tua faceta!!!!!
Parabéns!
bj doce